Das 162 demandas recebidas pelo Plano Rio Grande, 46 já foram concluídas, o que representa 28% do total. Os dados do primeiro balanço do programa foram apresentados pelo governo do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (22). O Plano Rio Grande tem como foco a recuperação do Estado após a enchente de maio de 2024. De acordo com a apresentação realizada no Palácio Piratini, o Executivo gaúcho já investiu R$ 5 bilhões em projetos de reconstrução e retomada do desenvolvimento no RS.
A maior parte do valor foi distribuída em ações voltadas para manutenção de rodovias, desassoreamento e dragagem, além de programas habitacionais e em educação. Das 162 demandas encaminhadas por 579 lideranças que representam 335 entidades em todo o Estado, além das 46 que já foram finalizadas, 31 tiveram início e 85 já foram direcionadas.
O levantamento do Plano Rio Grande foi apresentado pelo governador do RS, Eduardo Leite, e o vice-governador, Gabriel Souza, além dos secretários Carlos Gomes, da Habitação e Regularização Fundiária, Pedro Capeluppi, da Reconstrução Gaúcha, Joel Goldenfum, do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, e o coronel Luciano Boeira, chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil.
Conforme Leite, as obras são complexas e o Piratini precisa de recursos, por isso, menos de um terço das demandas foram concluídas:
— A construção de um prédio leva três anos. A construção de um sistema de proteção das cidades evidentemente levará mais tempo. Isso não é uma exclusividade nossa. Nós visitamos o Japão no ano passado e ficou muito claro que o tempo para definição dos projetos e encaminhamento dessas soluções também não é simples. O Rio Grande do Sul será um Estado resiliente — disse o governador.
Leite também elencou os programas habitacionais como um dos grandes desafios para o governo gaúcho durante os próximos passos da reconstrução do Estado.
Entre as demandas anunciadas, está um reforço no contingente da Defesa Civil Estadual com mais 68 militares, além da contratação temporária de profissionais para diferentes áreas de atuação no órgão. Um novo Centro Regional do órgão, no Litoral Norte, também foi anunciado. A medida tem como objetivo acelerar o processo de auxílio de regiões em situações de calamidade.
Investimentos anunciados até o momento pelo governo gaúcho
- Programas Habitacionais: R$ 420 milhões
- Desassoreamento e Dragagem: R$ 1,3 bilhões
- Horas-Máquina: R$ 270 milhões
- Auxílio financeiro para famílias: R$ 280 milhões
- Manutenção de rodovias: R$ 1,4 bilhões
- Crédito especial para empresas: R$ 290 milhões
- Investimentos com foco em educação: R$ 230 milhões