Apesar dos rios começarem a apresentar declínio e estabilização, centenas de famílias seguem fora de casa na Fronteira Oeste e na Campanha.
Em Alegrete, são 225 pessoas fora de casa em razão da cheia do Rio Ibirapuitã. Dessas, 159 estão desalojadas, enquanto 66 se encontram no Ginásio Oswaldo Aranha e Antigo Posto do Bairro Macedo. Os bairros mais afetados são Vila Nova, Santo Antônio, Canudos, Macedo, Promorar e Vila Izabel.
Entre a noite de domingo (10) e a manhã desta segunda-feira (11) o rio começou a recuar, mas segue acima da cota de inundação. O volume está em 10m68cm. Para retornar ao leito precisa atingir menos que 9m70cm. Mesmo que chegue a essa marca, a prefeitura ainda não estima quando as famílias poderão retornar para as suas casas.
— Há previsão de chuva nos próximos dias, dependendo de como for na região de Santana do Livramento, dois dias depois ela costuma desaguar no Ibirapuitã. Por isso ainda estamos em alerta — afirma o coordenador municipal da Defesa Civil, Renato Grande.
Segundo a Defesa Civil regional, há outros quatro municípios com um cenário semelhante. Em São Borja, o Rio Uruguai segue acima da cota de inundação, com 10m50cm. Há 52 pessoas afetadas, sendo 23 desabrigadas e 29 desalojadas. Também tem população longe de suas residências em Uruguaiana (25), Dom Pedrito (30) e Rosário Do Sul (10).
Rio Jacuí
Assim como na Fronteira Oeste, moradores do Vale do Jacuí também seguem dormindo em casas de familiares e abrigos, apesar da diminuição do nível do rio. Em São Jerônimo, a semana começou com 68 famílias em abrigos da cidade e outras 890 estão desalojadas. Ao longo desta segunda, no entanto, todas as famílias que estavam em abrigos voltaram para suas casas. Parte dos desalojados também retornou.
Na cidade vizinha, General Câmara, banhada também pelo Rio Taquari, são 20 famílias ainda fora de casa.
Volta pra casa em São Sebastião do Caí
Em São Sebastião do Caí, 49 famílias deixaram o ginásio Rio Branco e a Associação de Moradores do bairro Quilombo na manhã desta segunda, uma semana depois de começarem a ser retiradas.
Segundo a prefeitura, o retorno foi possível graças à diminuição do nível do Rio Caí. A medição mais recente apontou para um volume inferior à cota de inundação, com 6m78cm, saindo da situação de alerta. Na última terça-feira (5), o volume chegou a atingir 13m86cm. Também no Vale do Caí, a população ribeirinha de Montenegro retornou para suas casas no final de semana.