Quase metade das cidades do Rio Grande do Sul já anunciou situação de emergência em razão da estiagem. Segundo dados da Defesa Civil, 240 prefeituras declararam que vão colocar a medida em prática — o que representa 48% do total de municípios gaúchos.
Conforme balanço atualizado na quinta-feira (2), 224 prefeituras já emitiram o decreto, que permite mais agilidade nas ações que buscam amenizar os estragos causados pela falta de chuva. Em dois dias, foram 35 novos decretos publicados.
Até o momento, 125 municípios já tiveram a situação reconhecida pelo Estado, e outros, 95 pela União.
Estimativa da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), divulgada na quarta-feira (1º), estima em mais de R$ 56,1 bilhões os prejuízos pela estiagem no Estado.
Perdas na agricultura
O secretário estadual da Agricultura, Giovani Feltes, disse nesta sexta-feira (3) que a chuva prevista para os próximos dias ainda não vai resolver os problemas causados pela estiagem, mas que existem algumas culturas, como a da soja, que podem ser beneficiadas. Contudo, admite que outras, como a do milho, seguem sendo afetadas.
Ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Feltes afirmou que o governo do Estado, por meio do Programa Avançar, está buscando alternativas para auxiliar os agricultores mais atingidos.
— Estamos trabalhando na distribuição de cisternas em um volume bastante significativo. Mais de 200 municípios já enviaram a documentação, do total de 273 que se habilitaram para essas cisternas. Da mesma forma os açudes, pois já repassamos recursos de R$ 100 mil para 200 municípios, sendo que tudo isso começou no final do ano passado e seguiu agora. A expectativa é de que outros 200 municípios recebam o recurso em no máximo 30 ou 45 dias — afirmou.
Segundo Feltes, o governador Eduardo Leite tem conversado com o governo federal a respeito dos problemas causados pela estiagem no RS e que ele próprio pretende ir a Brasília para ter audiências com o Ministério da Agricultura em busca de alternativas.