Subiu para 10 o número de mortos no desabamento de rochas, no Lago de Furnas, em Capitólio (MG). Às 10h20min deste domingo (9), o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais havia anunciado, pelas redes sociais, ter encontrado o corpo da oitava vítima fatal da tragédia, um homem ainda não identificado. Mais tarde, em entrevista coletiva, os Bombeiros informaram que partes de outros dois corpos haviam sido localizadas. As equipes seguem no local fazendo buscas a mais fragmentos de corpos, mas não trabalham mais com a possibilidade de pessoas desaparecidas.
Segue chovendo forte na região, dificultando as buscas dos mergulhadores por outras duas pessoas ainda desaparecidas. No final da manhã, a Polícia Civil confirmou a identidade de um dos oito mortos: é Júlio Borges Antunes, de 68 anos. É a primeira vítima a ter seu nome divulgado. De acordo com o delegado regional do município de Passos, Marcos Pimenta, o corpo já foi liberado para a família. O homem era natural de Alpinópolis (MG).
O deslizamento de um paredão de cânion se deu entre 12h30min e 13h de sábado (8). Em vídeos registrados por turistas, é possível ouvir pessoas de uma das lanchas tentando avisar sobre a queda da rocha momentos antes da tragédia. Mas nem todas embarcações conseguiram se afastar em tempo, e as rochas atingiram quatro lanchas.
Sete corpos já haviam sido encontrados no primeiro dia de buscas, são três mulheres e quatro homens, que estariam no mesmo barco, cuja identificação era o nome “Jesus”. Com a noite e a falta de visibilidade, a operação foi suspensa e retomada entre 5h e 6h deste domingo (9).
Conforme balanço da corporação, 11 mergulhadores experientes estariam envolvidos na operação neste momento. Há lanchas e motos aquáticas no local.
Ainda não se sabe o que causou o acidente. O Corpo de Bombeiros afirma que houve um deslocamento de pedra. Anteriormente, a relação com trombas d'água era apurada, visto que desde a sexta-feira (7) havia episódios do tipo nas cachoeiras que desaguam no Lago de Furnas, segundo o jornal Estadão.
Na manhã de sábado (8), a Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido um alerta para a população evitar essas áreas durante as chuvas. A Marinha foi acionada para investigar as circunstâncias e as causas da tragédia.