Será conhecido em 10 de setembro o local em que será julgado um dos réus do Caso Kiss, o produtor da Banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão. O julgamento era para ter ocorrido em 16 de março deste ano. No entanto, três dias antes, o júri foi suspenso após o pedido do Ministério Público para que Bonilha seja julgado com os outros três réus, que conseguiram o desaforamento para que o júri aconteça em Porto Alegre, ainda sem data marcada.
A suspensão foi concedida pelo ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), até que o mérito da questão fosse julgado. A sessão que vai definir se Bonilha será julgado em Santa Maria ou não foi marcada para as 14h do dia 10, de forma virtual, entre os desembargadores da 1ª Câmara Criminal.
O advogado de Bonilha, Jean Severo, diz que o desejo do seu cliente é de que o julgamento aconteça em Santa Maria e seja realizado o quanto antes.
— Aguardamos esse julgamento agora. Temos a confiança de que o júri será mantido na comarca de Santa Maria. Em nenhum momento estamos protelando esse julgamento. Gostaríamos de que já tivesse acontecido. Quem entrou com recurso foi o Ministério Público — afirma Severo.
O advogado adianta que caso a decisão seja por mandar Bonilha a júri em Porto Alegre, haverá recursos em instâncias superiores.
O desejo do Ministério Público era de que os quatro réus fossem julgados juntos e em Santa Maria. Porém, os advogados dos outros réus (Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann e Marcelo de Jesus dos Santos) conseguiram o desaforamento para que os seus clientes fossem julgados em Porto Alegre. A alegação foi de que em Santa Maria, o júri não seria imparcial.
O MP tentou reverter essas decisões no Tribunal de Justiça do Estado e no próprio STJ, mas teve todos os recursos negados.