Exatos 18 dias depois da data que marcaria o início do julgamento do primeiro réu da tragédia da Boate Kiss, os equipamentos necessários para toda a estrutura do julgamento de Luciano Bonilha Leão, que seria no dia 16 de março e que não aconteceu, continuam no Centro de Convenções da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Os materiais devem começar a ser retirados do local a partir da próxima semana.
O Tribunal de Justiça (TJ) do Estado atendeu ao pedido da Comarca de Santa Maria para que tudo seja desmontado e a área do Centro de Convenções devolvida para uso da universidade. A operação de retirada dos materiais não começará ainda nesta semana porque são pelo menos 15 setores do TJ envolvidos em toda a estrutura e também depende da disponibilidade de empresas terceirizadas responsáveis por alguns equipamentos. E, também, pelo transporte que enfrenta algumas restrições devido à orientação de quarentena por conta da Covid-19.
O assistente de palco da Banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão, seria o primeiro a ser julgado. No entanto, um recurso interposto pelo Ministério Público pedindo a suspensão do julgamento foi aceito pelo Superior Tribunal de Justiça e mantido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após recurso do advogado do réu na tentativa de manter o júri para o dia 16. O MP quer que o TJ avalie o pedido para que Bonilha seja submetido ao júri junto com os outros três réus. Os sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, e o vocalista da banda, Marcelo de Jesus dos Santos, conseguiram o desaforamento para Porto Alegre.