Após o temporal que atingiu a região da Fronteira Oeste na madrugada desta quarta-feira (9), o prefeito de Alegrete, Márcio Amaral (MDB), avalia que a situação vai ficar ainda mais complicada nas próximas 48 horas. Nesta tarde, 25 famílias estavam alojadas em abrigos públicos, mas a tendência é de que o número cresça.
A projeção do prefeito ocorre não só pelo tempo que permanece instável na região, mas também por causa do nível do Rio Ibirapuitã, que já passou dos nove metros e segue subindo.
— Temos uma informação que choveu mais de 200 milímetros em Santana do Livramento, e a tendência é de que chovendo em Livramento, em 24, 48 horas essa água desce para o Rio Ibirapuitã e nos atinge. Então, estamos nos precavendo que teremos sim problemas de enchente no município — afirmou o prefeito em entrevista ao Gaúcha +, da Rádio Gaúcha.
Amaral ainda citou que a enxurrada da madrugada foi semelhante com a que aconteceu no Natal de 2015, que ele classifica como uma das piores da história.
— Mas nada se compara com a velocidade que o rio cresceu de ontem para hoje — lamentou.
No interior do município, o temporal ainda causou a morte de uma pessoa. De acordo com informações iniciais, uma árvore caiu sobre uma casa de madeira na localidade de Inhanduí, na Fazenda Três Capões. A vítima era um trabalhador rural, que estava sozinho no momento da queda. Ele ainda não foi identificado.
Além das famílias que precisaram ser removidas de casa, a Unidade de Pronto Atendimento do município foi fechada após alagar. Os pacientes foram transferidos para o hospital da cidade. O prefeito já decretou situação de emergência.
Também na Fronteira Oeste, Uruguaiana registrou estragos com a chuva e o prefeito Ronnie Peterson Colpo Mello decretou situação de emergência. Na cidade, árvores ficaram caídas e houve alagamentos no perímetro central e também em bairros e vilas da cidade. Uruguaiana já registra famílias desabrigadas, mas o número ainda não foi contabilizado
Condor, na Região Noroeste, ainda está contabilizando os estragos causados pelo temporal de segunda-feira (7). O coordenador da Defesa Civil municipal estima prejuízos em cerca de R$ 800 mil. Aproximadamente 50 casas, além de um mercado e o ginásio de uma escola, foram atingidos.
Nesta quarta-feira (9), a energia elétrica está restabelecida na cidade e não há nenhuma família fora de casa.