O governo federal retirou o risco de rompimento da barragem B6, situada no mesmo complexo de Brumadinho, em Minas Gerais, que se rompeu na última sexta-feira (25) e matou ao menos 37 pessoas — 16 já identificados. Na manhã deste domingo (27), uma sirene foi acionada, o que provocou pânico e correria na cidade. Nesse caso, a estrutura está cheia de água (não de rejeitos de mineração).
O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, explicou ao G1 que a sirene de alerta da barragem foi acionada neste domingo "por uma questão de cautela" da Vale.
Segundo o ministro, a barragem tem um dreno que não está em funcionamento e será consertado. Isso, combinado ao excesso de chuvas na região, elevou o nível de água da barragem e exigiu o uso da sirene. O alerta não teve relação com a "estabilidade" da barragem, disse Canuto.
— Mesmo com o dreno não funcionando, mesmo com a chuva, o aumento que aconteceu estava abaixo do nível de alerta (da barragem). As sirenes foram acionadas por uma questão de cautela, pela preocupação que o empreendedor tem com a população — relatou ao portal de notícias.
Sobre o avanço da lama em direção ao Rio São Francisco, o ministro afirmou que a possibilidade é "muito reduzida". Os dados do momento indicam que a lama avança em velocidade menor do que 1 km/h. A onda alcançará entre 2 e 7 de fevereiro o reservatório da usina de Retiro Baixo, antes do São Francisco. A tendência é de que a lama se espalhe no local e perca velocidade.
Em nota, a Vale confirmou que a Defesa Civil diminuiu o nível de risco da barragem, o que permite que os moradores que haviam sido retirados pela manhã possam voltar às suas casas e as buscas continuem.
"A Vale confirma que a Defesa Civil baixou o nível de criticidade da Barragem VI de 2 para 1. Com isso, as pessoas que haviam deixado as suas casas já foram autorizadas a retornar e a Defesa Civil já pôde retomar as buscas por desaparecidos na região."