
A Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves, deslocou para outras funções os dois servidores investigados na Operação Liber Pater, deflagrada na última quarta-feira (2) pela Polícia Federal (PF). Eles não tiveram os nomes divulgados.
De acordo com a assessoria de imprensa do centro de pesquisa, a medida ocorreu por precaução e para evitar constrangimentos até que a Embrapa tenha acesso ao teor das investigações, o que ainda não ocorreu. Um integrante do departamento jurídico que atua em Brasília também está na Serra para tentar obter detalhes do inquérito.
Conforme o delegado da PF Eduardo Bollis, que conduziu as investigações, os dois servidores são ligados à gestão da Embrapa Uva e Vinho. A suspeita dos policiais é que eles fossem os reais proprietários de vinícolas que forneceram uvas para o centro de pesquisa desde 2009 em compras realizadas sem licitação. Também são investigados superfaturamento de R$ 790 mil em cinco obras realizadas na sede da unidade de Bento.
A Embrapa Uva e Vinho está realizando levantamento de todas as uvas compradas a partir de 2009. A empresa diz ainda que algumas situações exigem a compra do produto com características específicas, entre elas a origem geográfica e outros fatores que podem interferir na qualidade da fruta. Além disso, segundo a Embrapa, todas as compras foram realizadas por meio de pregão eletrônico.