O advogado Felisberto Odilon Córdova reafirmou na manhã desta sexta-feira as acusações feitas contra o desembargador Eduardo Gallo na tarde anterior durante julgamento na 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Segundo Córdova, o magistrado teria pedido R$ 700 mil para julgar favoravelmente uma ação de pagamento de honorários advocatícios que superam a casa dos R$ 30 milhões.
– Ninguém iria à tribuna para fazer afirmações levianas à toa. É preciso ter senso de responsabilidade – afirmou Córdova, em entrevista à rádio CBN Diário.
Ainda segundo Córdova, há provas testemunhais do pedido de propina. Ele afirmou ainda que sabe que as provas testemunhais costumam ser frágeis, mas que ao longo do processo de investigação deverão ser colhidas outras evidências da corrupção do desembargador.
– Hoje, com a alta tecnologia, sabe que se chega muito longe. Esse moço (Gallo) não está vinculado só ao meu caso. Ele tem uma história divulgada. Sua atuação é mercadológica. É fácil apurar isso.
Ainda segundo o advogado, a proposta foi feita pessoalmente ao seu sócio, Rafael Peliciolli Nunes, e que chegou ao julgamento de ontem já angustiado:
– O voto (de Gallo) esclareceria se havia alguma coisa errada ou não. E isso tornou clara a posição de que eu estava sendo roubado.
Ao colunista Moacir Pereira, o desembargador Eduardo Gallo afirmou que vai entrar com uma ação criminal contra Felisberto. Ele refuta a denúncia de propina de R$ 500 mil de um escritório do Rio e contrapraproposta de R$ 700 mil. Afirmou também que entrará com representação na OAB-SC e Ministério Pùblico Estadual. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina ainda não se manifestou sobre o caso.
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