Dois colegas passaram quatro anos trocando farpas no trabalho, envolvendo inclusive outros funcionários da empresa, e levando o caso a um processo por difamação no Fórum do Bairro Restinga, em Porto Alegre. A situação, que parecia sem solução, acabou sendo resolvida numa conversa de duas horas e meia entre as partes e auxiliada por dois mediadores comunitários do bairro, formados na primeira turma do Núcleo de Mediação Comunitária.
– Eles só precisavam olhar nos olhos um do outro e conversar de verdade. No final, se desculparam e teve choro e abraços. Foi emocionante – recorda, satisfeita, a mediadora Marciane Luíza Taparelo, 36 anos, moradora da Estrada Barro Vermelho e estudante de Pedagogia.
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Marciane faz parte da primeira turma de mediadores da Restinga, que entre maio e agosto deste ano participou do curso promovido pelo Ministério Público, em parceria com o Centro Social Padre Leonardi. Até agora, cinco casos passaram pelas mãos dos 15 voluntários. que atuam conforme o chamado do Fórum local. Nesta quarta-feira, as duas salas do Núcleo serão inauguradas no Centro Social. Até agora, os mediadores atendiam numa área improvisada da instituição.
– Precisamos apenas de uma mesa, quatro cadeiras e pessoas dispostas a ouvirem e outras dispostas a serem ouvidas. Facilitamos o diálogo, não damos a solução – explica Marciane.
Ministério Público
Mediadores comunitários resolvem conflitos no Bairro Restinga
Grupo de moradores do Bairro Restinga, em Porto Alegre, fez curso promovido pelo Ministério Público
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