Além da disposição para manter e levar adiante os valores gaúchos, há dois anos um grupo de tradicionalistas de São Leopoldo transformou uma área pública que era motivo de medo e preocupação no Bairro Feitoria num espaço permanente para a cultura e o lazer da comunidade.
Durante mais de duas décadas, uma área pública na Rua Otto Daudt vinha sendo utilizada por usuários de drogas, como depósito de lixo e até mesmo foi cenário de crimes como estupros e homicídio. Por estar localizada próxima a duas escolas, o local era considerado de risco pela comunidade, que temia pela segurança das crianças que circulavam por ali.
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Mesmo que um dia o terreno tivesse servido como campo de futebol de uma associação que deixou de existir, a paisagem já não era nada aprazível àqueles que se exercitavam por ali nem à vizinhança, que buscava um local para tomar chimarrão no final da tarde, ou dar uma caminhada, já que era um verdadeiro lixão.
Foi aí que um grupo de pessoas que, durante uma década, realizou um acampamento na Semana Farroupilha numa área particular cedida na Avenida Integração, resolveu arregaçar as mangas e reverter o quadro de abandono no terreno na Rua Otto Daudt, pertencente à prefeitura.
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– Eram dez pessoas representando dez grupos (tradicionalistas). Queríamos transformar a área num parque para a comunidade inteira – lembra o laboratorista Francisco Sérgio Correa, 55 anos, patrão do Bolicho do Correa.
Tradição transformadora
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Local no Bairro Feitoria, em São Leopoldo, também era ponto de consumo de drogas
Roberta Schuler
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