O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) utilizou maior parte do seu tempo de defesa no plenário direcionando críticas ao PT e a ex-presidente Dilma Rousseff. Durante a sessão que discutia a possível cassação de seu mandato, o deputado afastado pediu isenção aos deputados e afirmou que o processo é o preço que está pagando por livrar o Brasil do PT.
Cunha aproveitou a oportunidade também para criticar votação fatiada do impeachment e disse que, a partir disso, deveria ser permitido para ele também.
– Este criminoso governo de vocês foi embora, graças a mim – disse Cunha olhando para petistas, sendo aplaudido por uns deputados e vaiado por outros.
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Cunha finalizou o discurso com voz embargada, pede isenção aos deputados.
– Não me julguem pelo que está colocado na opinião pública – disse.
Poucos foram os parlamentares que cumprimentaram o peemedebista, que ficou de pé do lado esquerdo do plenário, próximo de onde a bancada do PMDB e do PT costuma sentar. Sozinho, Cunha mexia no celular a todo tempo, checando o recebimento de mensagens.
Cunha chegou à Câmara por volta por volta das 20h45 desta segunda-feira, quando a sessão já havia começado. Sem bótom de parlamentar, o peemedebista chegou em seu carro particular, acompanhado de seguranças e da assessora de imprensa.
O deputado afastado entrou na Câmara por uma porta que dá acesso à Secretaria de Comunicação da Casa. A entrada fica localizada na chapelaria. De lá, seguiu direto para o plenário por passagens internas, sem falar com a imprensa.
Ele entrou no plenário quando seu advogado, Marcelo Nobre, já estava discursando. Na entrada, ele cumprimentou alguns deputados e se dirigiu para o lado esquerdo do plenário. Neste momento, Cunha faz sua defesa. Ele terá até 25 minutos para discursar.