Preço do gás de cozinha deve subir entre R$ 3 e R$ 7 em setembro

Os donos das revendas em Santa Maria estão avisando os clientes: vai subir o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), ou seja, o botijão de 13 quilos de gás de cozinha. As novas remessas já estão chegando com o valor reajustado e o consumir deve sentir o peso no bolso a partir da próxima quinta-feira, 1º de setembro. Segundo as empresas locais, o aumento dever ser de 9%, o que representa entre R$ 3 e R$ 7 a mais para o consumidor final, por botijão. Em pesquisa realizada pelo Diário ontem, os valores (incluindo tele-entrega) variaram em R$ 10: o mais barato custa R$ 55 e o mais caro R$ 65. Com entrega na portaria a diferença chega a R$ 12, com preços entre R$ 50 e R$ 62 (veja abaixo).

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Conforme a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg-BR), o aumento pode chegar a 10% no país, perto da inflação que, nos últimos 12 meses, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), é de 9,56. Presidente da Asmirg-BR, Alexandre Borjaili, destaca que os motivos são os aumentos de custos operacionais e salarial dos trabalhadores da indústria do gás – a convenção coletiva da categoria acontece sempre em setembro.

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Esse será o terceiro aumento registrado em um ano. Em setembro de 2015, após 12 anos de congelamento, a Petrobras autorizou um aumento de 24% – o equivalente a R$ 10. Em março passado, nova alteração trouxe acréscimo de até R$ 4 nos botijões de 13 quilos.

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O reajuste atual deve impactar o cotidiano dos consumidores comuns, sobretudo na população mais pobre, que usa mais o produto em casa. Mas quem faz as refeições fora de casa também deve ver subir as contas em estabelecimentos como restaurantes, lanchonetes e padarias.

Conforme o economista e coordenador do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), Mateus Frozza, diferentemente de reajustes anteriores, essa alta fará uma mudança significativa no orçamento popular, tendo em vista os efeitos cascata de aumentos de água, luz, telefone, gasolina e, agora, o gás. A dica que ele dá para reduzir os custos é racionar o uso do produto.

– Por ser um produto básico, não há soluções no mercado de troca, mas deve-se buscar o melhor aproveitamento – diz Froza, que é professor do Centro Universitário Franciscano.

Utilizar o Vale-Gás também é uma alternativa. Quem comprar o voucher, à venda nos supermercados, antes do reajuste, aproveitará o preço antigo.

Confira o preço praticado hoje pelas revendas e a projeção de valores após o reajuste