A Operação Pripyat foi desencadeada nesta quarta-feira por suspeita de que as obras de Angra 3 só foram viabilizadas mediante propina paga por empresários a dirigentes de estatais e políticos ligados ao PMDB e ao PT. Três executivos da Andrade Gutierrez, uma das empreiteiras envolvidas na construção da usina nuclear, fizeram delação premiada em que detalham os subornos. Conforme esses executivos (Flávio Barra, Flávio Gomes Machado Filho e Clóvis Peixoto Primo), o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão e o senador e ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, ambos do PMDB, exigiram propina de 3% nos contratos de Angra 3. Já 1% teria sido destinado ao PT via o ex-tesoureiro João Vaccari Neto.
Corrupção no governo federal
PF investiga propina para PMDB e PT por obras de Angra 3
Dois senadores e um ex-ministro, além de um dirigente de estatal, são mencionados em depoimentos de colaboradores da Operação Lava-Jato