Eles nasceram na mesma madrugada de 3 de julho de 1916, no Bairro Glória, em Porto Alegre, pelas mãos da avó, parteira e homeopata. De aparência frágil, juntos, Netinho e Chiquitita pesavam pouco mais de 2kg. Contrariando as previsões pessimistas e a falta de recursos médicos da época, Godofredo Fay Neto e Francisca Fay Medina estão às vésperas de alcançar o centenário.
Godofredo mora no Bairro Assunção, com o acompanhamento de cuidadoras, e Francisca vive no Bairro Teresópolis, com uma das filhas.
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A família se prepara para fazer uma festa e celebrar a vida dos irmãos que sempre tiveram uma ligação muito forte.
– A gente era só osso e pele. Minha mãe ficou faceira (com o nascimento dos dois primeiros filhos) e chamou o padeiro para nos mostrar. Ele disse: “Cruzes, isso não é gente, não vão durar”. Mas, com três meses, já tínhamos 4kg (cada um) – recorda Francisca.
Até os 18 anos, Francisca e Godofredo – os mais velhos entre seis filhos de Mario, funcionário dos Correios, e da dona de casa Isabel – viviam sempre juntos. Ela, por ser a única menina, diz ter sido muito mimada e destaca a inteligência do irmão, que é contador e trabalhou a vida toda como gerente do Banco do Brasil, num concurso no qual foi o primeiro colocado.
– Ele tinha que cuidar de mim e eu tinha que cuidar dele. Ele foi muito arteiro. Fazia as artes e eu ia junto – diverte-se Francisca.
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Irmãos que vivem na Zona Sul de Porto Alegre nasceram no mesmo dia e estão prestes a alcançar o centenário juntos
Roberta Schuler
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