
A presidente Dilma Rousseff disse, nesta terça-feira, que o Palácio do Planalto não pretende fazer qualquer reestruturação ministerial antes do processo de votação do impeachment na Câmara dos Deputados.
– Nós não iremos mexer em nada atualmente. O governo não está avaliando nenhuma mudança hoje – afirmou a presidente, após visitar, na Base Aérea de Brasília, a aeronave KC-390, novo avião cargueiro projetado pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Leia mais
Governo avalia cumprir acordos só após Dilma se livrar do impeachment
Ministro do STF diz que divulgação de áudios por Moro foi "condenável"
"Acabou a República da cobra", diz advogada autora de pedido de impeachment de Dilma Rousseff
Perguntada se considera como precipitada a saída do PMDB do governo, Dilma respondeu que não avalia "ação de partido nenhum", sequer a de sua legenda, o PT.
– Eu não faço avaliações sobre ações partidárias, porque isso não é algo adequado para uma presidenta da República fazer – comentou.
No final de março, o PMDB, que era o principal partido da base aliada, decidiu deixar de apoiar o governo. O partido ocupa atualmente seis ministérios no governo Dilma.
A presidente também afirmou que "nenhum governo conseguirá governar o Brasil" sem um "pacto pelo diálogo e pela estabilidade". Além disso, a petista declarou que, desde o início do seu primeiro mandato, "tentam construir mecanismos" para retirá-la do poder.
– Primeiro, foi o pedido de recontagem de votos. Depois, falaram que as urnas tinham problemas, e não apareceu problema nenhum. Depois, tentaram construir mecanismos para me retirar do governo. Um é esse do impeachment, com as pedaladas fiscais de 2015, que não foram julgadas nem pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nem pelo Congresso – criticou, mencionando ainda o questionamento sobre as contas de campanha junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
*Zero Hora com informações de Agências