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O artista plástico holandês Florentijn Hofman acusa a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de plagiar, em sua campanha contra aumento de impostos chamada "Não vou pagar o pato", a obra Rubber Duck (Pato de Borracha), exposta em São Paulo, em 2008, e em cidades como Amsterdã e Hong Kong. As informações são da BBC Brasil.
O pato gigante é utilizado pela Fiesp em protestos contra o governo Dilma Rousseff, como na manifestação pró-impeachment ocorrida no último dia 13 na Avenida Paulista.
A BBC Brasil entrou em contato com a fábrica que produziu, em 2008, a obra para o artista holandês. Conforme a reportagem, a empresa – localizada em Guarulhos (SP) – é a mesma que tem feito os patos para a Fiesp.
A equipe de Hofman afirmou que a organização paulista transformou o projeto artístico original em uma "paródia política" e que o uso do desenho "infringe direitos autorais".
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Por outro lado, a Fiesp negou as acusações de plágio. Além disso, declarou que a inspiração para os patos foram "patinhos de banheira". No entanto, não informou se enviou ou não o projeto holandês como referência.
Dono da empresa Big Format Infláveis, Denilson Sousa relatou que o projeto para a Fiesp foi "inteiramente desenvolvido" por sua fábrica.
– Eu não colocaria nossa reputação em jogo – comentou o empresário à BBC Brasil.
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