O número de mortos deixado pelo superciclone que castigou as ilhas Fiji subiu para 36 nesta quarta-feira - informou a Cruz Vermelha.
Este balanço pode aumentar, conforme as equipes de resgate forem se aproximando das comunidades mais remotas.
"Agora, oficialmente, são 36 mortos", anunciou o chefe do escritório da Cruz Vermelha no Pacífico, Ahmad Sami.
Segundo ele, "os números vão continuar a mudar, à medida que temos melhor acesso às informações e estabelecemos comunicação".
Hoje, o primeiro-ministro Voreqe Bainimarama reconheceu o problema e pediu paciência às comunidades afetadas.
"Nós entendemos a posição desesperadora em que vocês estão, o quão traumático isto é para vocês e para suas famílias... mas, como primeiro-ministro, eu quero que vocês saibam que não descansaremos enquanto não alcançarmos vocês", prometeu.
O ex-primeiro-ministro Laisenia Qarase declarou que temia por sua ilha natal, Vania Balavu, que ainda não havia sido mencionada. Baseado em Suva, Qarase declarou que fotografias aéreas mostravam "que havia provavelmente milhares de casas destruídas" na ilha.
"Eu tenho 75 anos e a destruição que eu vi, a extensão da destruição, é a pior coisa da memória viva de Fiji", declarou à Rádio New Zealand.
No domingo, o ciclone tropical Winston atingiu as ilhas com ventos de até 325 km/h, de acordo com o Centro Conjunto de Advertência de Tufões da Marinha e da Força Aérea dos Estados Unidos, deixando um rastro de mortes e destruição.
Nunca antes um ciclone de categoria 5 havia castigado o arquipélago, onde vivem 900.000 pessoas. O estado de catástrofe natural foi decretado durante um mês.
Muitos habitantes passaram a noite em abrigos, onde receberam água e comida. As árvores arrancadas pelos fortes ventos bloquearam estradas e provocaram cortes de energia elétrica em Viti Levu.
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