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As ilhas Fiji iniciaram neste domingo as operações de limpeza do arquipélago após a passagem do mais poderoso ciclone já registrado em sua história, que matou seis pessoas, destruiu muitas casas e danificou as infraestruturas.
O ciclone tropical Winston foi acompanhado de ventos de quase 300 Km/h, de acordo com o Centro de Alerta de Tufão norte-americano. Winston é o único ciclone de categoria 5 que já atingiu o arquipélago do Pacífico, muito dependente do setor de turismo.
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De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Assistência Humanitária (OCHA), seis pessoas morreram na passagem do ciclone.
- Casas foram destruídas, muitas áreas baixas foram inundadas - declarou o primeiro-ministro Voreqe Bainimarama.
- Após esta tragédia, muitos estão sem eletricidade, água e sem acesso às comunicações.
O OCHA estimou em 150 o número de casas destruídas. Os habitantes da ilha postaram nas redes sociais fotos de casas que tiveram os telhados arrancados, de ruas alagadas e sinais de trânsito dobrados em dois.
Iris Low-McKenzie, diretora local da ONG Save the Children, explicou que era muito cedo para avaliar os danos nas ilhas mais remotas do arquipélago, que possui cerca de 330.
- Estou particularmente preocupada com o destino das comunidades que vivem nas ilhas remotas que ainda não conseguimos acesso - afirmou Low-McKenzie.
- Enquanto as comunicações não forem restabelecidas, não saberemos nada sobre a sua situação.
Winston atingiu a principal ilha de Viti Levu, onde está localizada a capital Suva, mas sem causar grandes estragos.
- Nós não tivemos muitos problemas, apenas algumas telhas que voaram. Mas quando olho em volta de mim, tudo o que vejo são árvores caídas no chão - relatou um residente de Suva, Danny Southcombe.
- O barulho era assustador quando os telhados e as árvores eram arrancados - acrescenta McKenzie-Low.
Primeiro-ministro pede solidariedade
O primeiro-ministro advertiu que o país enfrentava "um grande teste", instando os fijianos a "serem solidários" e "ajudar uns aos outros".
O estado de catástrofe natural foi decretado por um mês. Um toque de recolher estabelecido para "garantir a segurança" dos fijianos deveria ser levantado na segunda-feira. Todas as escolas, muitas das quais servem como abrigo de emergência, permanecerão fechadas por uma semana.
Muitos moradores passaram a noite nestes centros, onde receberam comida e água.
Árvores caídas bloqueavam as estradas e provocaram cortes de energia em Viti Levu, enquanto todos os voos foram cancelados no Aeroporto Internacional de Nadi. Eles devem ser retomados na segunda-feira.
As autoridades da Nova Zelândia enviaram um avião P-3 Orion para avaliar os danos nos locais mais remotos. A ministra das Relações Exteriores australiana, Julie Bishop, propôs ajuda semelhante ao arquipélago.
- As necessidades humanitárias são muito elevadas - estimou um funcionário da Cruz Vermelha para o Pacífico, Ahmad Sami.
A prioridade será restaurar a energia elétrica, reabilitar as casas e garantir o fornecimento de água potável aos mais de 700 centros de evacuação abertos pelas autoridades, acrescentou.
Hospitais foram seriamente danificados em Suva e Ba "na passagem destrutiva" de Winston, de acordo com OCHA. Segundo os serviços meteorológicos locais, Winston se dirigiu para o mar e está a cerca de 230 quilômetros a oeste de Nadi.
O arquipélago, no entanto, deve esperar por fortes ventos, chuvas e grandes ondas.
* AFP