A presidente Dilma Rousseff discursou nesta terça-feira, durante a abertura do ano legislativo do Congresso Nacional, em Brasília. Durante a mensagem, concentrada em assuntos da economia brasileira, Dilma falou sobre controle de gastos, ajuste fiscal e também de reforma tributária e na Previdência. Os parlamentares reagiram com vaias e aplausos quando a presidente defendeu a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).
O discurso, lido em Plenário, ainda tocou em assuntos como o problema de saúde que o país enfrenta por causa da proliferação do Aedes aegypti e a necessidade de mobilização de toda a população para combater criadouros do mosquito (leia mais na página 27). Falou, também, da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), da reforma do PIS/Cofins e do Simples Nacional.
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– Crise é um momento muito doloroso para ser desperdiçado. É o momento em que surgem oportunidades – disse a presidente.
O objetivo da mensagem, segundo Dilma, foi construir uma agenda que permita melhores bases de médio e longo prazo para a sustentabilidade fiscal do Estado. Com isso, defendeu a presidente, poderá ser criado um cenário de maior confiança na economia brasileira.
– Trabalharemos para que 2016 seja de retomada do crescimento – afirmou Dilma.
A questão do impeachment, tema em tramitação no Congresso, não foi tratada na mensagem presidencial. Essa foi a segunda vez em que Dilma, enquanto presidente, entregou pessoalmente ao Congresso sua mensagem – foi em 2011, quando destacou a luta contra a pobreza e a manutenção do crescimento.
Demonstração de abertura para diálogo
Durante a sessão de ontem, a presidente sentou-se entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski (veja mais no quadro abaixo, clicando no nome de cada um). Desafeto da petista, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PDMB-RJ) ficou sentado à esquerda de Renan.
Com a ida ao Legislativo, Dilma teve a intenção de demonstrar sua disposição para o diálogo com os parlamentares.
*Zero Hora, com agências