Um terremoto de 6,1 graus foi registrado na madrugada desta segunda-feira no Mar Mediterrâneo entre Espanha e Marrocos, causando danos materiais no enclave norte-africano de Melilla, onde algumas famílias tiveram que ser desalojadas por precaução.
O tremor aconteceu às 4H22 locais (2H22 de Brasília), 62 km ao norte da cidade marroquina de Al-Hoceima e 164 km ao leste-sudeste de Gibraltar, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Um tremor secundário de 5,3 graus também foi registrado.
O USGS afirmou em um comunicado que existe uma "pequena probabilidade de vítimas e danos".
Os terremotos, sentidos também no sul da Espanha, deixaram um saldo de 26 feridos leves em Melilla, principalmente por crises de ansiedade e pequenos cortes.
"Não há nada grave, alguns edifícios altos têm fissuras", disse à rádio SER Isidro González, secretário de Segurança de Melilla, que agregou que até o momento há apenas danos materiais e não são muito graves", disse Isidro González, secretário de Segurança de Melilla.
Os moradores de Melilla se assustaram com o terremoto e muitos saíram de pijama, onde permaneceram várias horas até que as réplicas deixaram de ser sentidas.
As autoridades de Melilla decretaram por precaução o fechamento das escolas, que serão inspecionadas.
Ao todo, onze famílias foram desalojadas pelos danos em suas casas e o protocolo de acolhimento já foi ativado, segundo González.
Os tremores também foram sentidos na região de Málaga, sul da Espanha.
O rei Felipe VI e o chefe do governo conservador espanhol, Mariano Rajoy, entraram em contato com o presidente de Melilla, Juan José Imbroda, para se colocar à disposição das autoridades e se colaborar no reparo dos danos causados.
Em fevereiro de 2004, um terremoto de 6,3 graus perto de Al-Hoceima deixou 631 mortos.
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