O Níger prolongou, nesta sexta-feira, o estado de emergência durante três meses na região de Diffa (sudeste), na fronteira com a Nigéria, onde o Exército tenta há mais de um ano conter as incursões do grupo islamita nigeriano Boko Haram - anunciou a televisão pública.
"A situação da segurança em Diffa também necessita da manutenção de um regime jurídico adaptado, cuja expressão é o estado de emergência", declarou o conselho de ministros em um comunicado, lido na televisão, justificando sua extensão diante do iminente processo eleitoral.
A campanha eleitoral do primeiro turno da eleição presidencial começa à meia-noite de sábado até a véspera da votação. As eleições legislativas e presidencial acontecem no mesmo dia, em 21 de fevereiro.
Em vigor desde fevereiro de 2015 na região de Diffa, o estado de emergência outorga poderes adicionais às forças de segurança, especialmente "batidas domiciliares, tanto de dia quanto de noite".
Pelo menos seis militares nigerinos morreram em meados de janeiro na explosão de uma mina, quando seu veículo passava pela região. Nessa área, entre 6 de fevereiro e 18 de dezembro de 2015, os combatentes do Boko Haram cometeram 74 ataques, segundo as Nações Unidas.
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