O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) responderá nesta quarta-feira ao pedido de esclarecimentos do juiz da 2ª Vara Federal de Santa Maria, Jorge Luiz Ledur Brito, sobre o caso de Angélica de Oliveira Chaves. A auxiliar de cozinha buscou a justiça para denunciar uma suposta negligência do hospital em relação a sua gestação.
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Grávida de gêmeos há 38 semanas, ela descobriu, por meio de ultrassom feito em 10 de janeiro, que um dos fetos está morto. No Husm, teria recebido informações contraditórias. Um residente do hospital teria dito que Angélica precisava fazer uma cesariana para a retirada do natimorto, enquanto o médico responsável por seu caso a teria orientado a voltar para casa por falta de leitos.
A gestante tem receio que a demora em retirar o feto acabe por causar infecção.
Segundo o diretor clínico do Husm, Larry Argenta, o feto morto não será retirado porque ele não apodrece dentro da barriga da mãe.
- Para apodrecer, deveria haver presença de bactérias e fungos, e dentro da barriga o feto fica como uma múmia, não apodrece. Se retirar o feto morto, ele colocaria o bebê em desenvolvimento em risco - afirma.
Conforme Argenta, a cesariana só acontecerá se houver uma complicação da paciente, ou quando o bebê estiver maduro, ao final da gestação.
O Husm está respondendo nesta quarta à ação judicial, dizendo que não irá realizar a cesariana.