Um grupo de islamitas detido na terça-feira na Bósnia-Herzegovina planejava o massacre de "uma centena de pessoas" em Sarajevo por ocasião das festas de fim de ano, afirmou um procurador antiterrorista citado pela televisão pública neste sábado.
A polícia prendeu 11 supostos islamitas, incluindo pregadores radicais, em vários locais de Sarajevo.
Um tribunal da capital bósnia ordenou na sexta-feira que oito destes 11 suspeitos fossem detidos durante 30 dias, informou o canal de televisão RTRS.
O procurador Dubravko Campara, citado pelo canal, declarou durante uma audiência ante este tribunal que o grupo planejava "um ato terrorista durante as festas de fim de ano".
"Ameaçavam lançar um ataque com explosivos no qual uma centena de pessoas morreriam", disse Campara, citado pela RTRS.
Os advogados dos suspeitos classificaram de farsa as acusações da procuradoria e afirmaram que seus clientes "só praticaram sua religião".
Segundo a procuradoria, os suspeitos se reuniam em um local de culto nos arredores de Sarajevo, em uma casa que alugavam.
Após sua prisão, as autoridades divulgaram uma foto do espaço de orações na qual é possível ver um cartaz com a bandeira do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
O procurador afirmou, no entanto, que não foi encontrado nenhum explosivo durante a operação policial.
Na terça-feira, a procuradoria indicou que a polícia apreendeu "provas materiais sobre vínculos com estruturas do grupo Estado Islâmico".
Na Bósnia, 40% dos 3,8 milhões de habitantes são muçulmanos, cuja imensa maioria é moderada. O resto da população se divide entre cristãos ortodoxos e católicos.
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