O presidente tunisiano, Béji Caïd Essebsi, declarou estado de emergência no país e toque de recolher na região metropolitana de Túnis, nesta terça-feira, depois do atentado a um ônibus da guarda presidencial. O ataque deixou pelo menos 13 mortos.
- Em vista desse acontecimento doloroso, dessa grande tragédia (...) eu proclamo estado de urgência por 30 dias, nos termos da lei, e toque de recolher na região metropolitana de Túnis, a partir das 21h (horário local) e até as 5h (horário local) - declarou o chefe de Estado em um breve pronunciamento em rede nacional.
Nesta terça, o presidente francês, François Hollande, condenou "nos mais duros termos" o "covarde" atentado, de acordo com nota divulgada pelo Palácio do Eliseu.
"Em Túnis, assim como em Paris, é o mesmo combate para a democracia contra o obscurantismo", ressalta Hollande. "A França está, mais do que nunca, ao lado da Tunísia, de suas autoridades e de suas forças de segurança, nesses momentos dolorosos", completou o comunicado.
Pelo menos 13 pessoas morreram e outras 16 ficaram feridas na explosão de um ônibus da guarda presidencial tunisiana na capital Túnis, na tarde desta terça. De acordo com o porta-voz da Presidência, Moez Sinaoui, tratou-se de "um atentado". Um funcionário do Ministério do Interior disse que a deflagração aconteceu perto de uma das principais vias da capital.
O ônibus ficou quase todo carbonizado, perto da avenida Mohamed-V, nos arredores de um cruzamento que foi cercado. Várias ambulâncias, bombeiros e forças de segurança seguiram para o local.
- A maioria dos agentes que estavam no ônibus está morta - informou uma fonte de segurança.
Até o momento, o Ministério do Interior não divulgou o número de pessoas a bordo do veículo. Também não se sabe ainda a motivação do ataque.
A Tunísia foi alvo de vários ataques ao longo deste ano, entre eles dois sangrentos atentados contra o Museu do Bardo, em Túnis, em março passado, e contra um hotel perto de Sousse, no final de junho. Neste último, morreram pelo menos 60 pessoas.