Ao menos 34 mil pessoas amanheceram sem luz na Grande São Paulo neste sábado (25), informou a Enel, devido ao temporal que afetou a região na sexta-feira (24). Mais de 179 mil imóveis ficaram sem o serviço durante o pico do temporal.
No dia em que a capital paulista completa 471 anos, as autoridades trabalham para calcular os prejuízos causados pela forte chuva. Apenas na cidade de São Paulo, são 26.686 pontos ainda sem luz.
Conforme a Defesa Civil, foram 125 milímetros de chuva em São Paulo apenas na sexta. A média histórica de janeiro na capital paulista é de 288 milímetros.
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que se trata do terceiro maior volume de precipitação registrado em São Paulo nos últimos 64 anos. Os números foram computados na estação do Mirante de Santana, na zona norte da capital, que faz as medições desde 1961.
Como reflexo do temporal e dos alagamentos, a linha 1-Azul do metrô segue parcialmente interrompida neste sábado, com operação apenas entre Jabaquara e Santana.
O trecho Jardim São Paulo-Tucuruvi segue fechado para manutenção, conforme informou a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) no X (antigo Twitter). Ônibus gratuitos do sistema Paese atendem o trecho.
Mais de 13 mil raios
A cidade de São Paulo foi atingida por 13.190 raios durante a forte chuva que caiu na tarde de sexta. Segundo a Defesa Civil do Estado, foram 6.292 que atingiram o solo e 6.898 que não atingiram (somente registrados dentro das nuvens).
O Brasil é líder mundial de registros de raios. Além dos riscos de acidentes e mortes, a maior quantidade de descargas pode aumentar problemas de interrupção de fornecimento de energia elétrica e de incêndios. Parte dos especialistas acredita que as mudanças climáticas podem favorecer a ocorrência desses fenômenos.
Parte do teto de shopping desabou
A tempestade causou estragos, sobretudo nas regiões norte e oeste da cidade. Ruas e estações de metrô ficaram alagadas e houve registros de carros arrastados pela correnteza. Parte do teto do Shopping Center Norte, na Vila Guilherme, e o telhado de um edifício comercial na Vila Maria, ambos na zona norte, desabaram, mas não houve vítimas.
Diversos pontos da capital paulista ficaram alagados e o trânsito foi interrompido durante a sexta-feira. Conforme o prefeito Ricardo Nunes (MDB), na manhã deste sábado restavam apenas quatro pontos de alagamento para serem reestabelecidos. Segundo ele, 345 veículos e 2,4 mil funcionários trabalham para minimizar os impactos do temporal.
Previsão para o dia
Neste sábado, o ar quente e úmido mantém a sensação de tempo abafado no decorrer do dia, com sol entre nuvens. Os termômetros das estações meteorológicas automáticas do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura devem registrar temperatura mínima de 21°C e máxima por volta dos 32°C.