O ex-chefe da luta antiterrorista na Argélia, general Hassan, foi condenado nesta quinta-feira a cinco anos de prisão, um fato inédito tratando-se de um alto funcionário dos serviços secretos, informou à AFP um de seus advogados.
Hassan, cujo verdadeiro nome é Abdelkader Ait Uarabi, foi julgado pelo tribunal militar de Orã (noroeste) pelos crimes de "destruição de documentos" e "infração às regras militares".
"Não se beneficiou de circunstâncias atenuantes", declarou o advogado Khaled Burayu, que denunciou um "castigo" imposto a um dos mais altos oficiais do exército argelino.
O advogado também anunciou a intensão da defesa de solicitar o recurso de cassação (anulação da sentença), contudo, a justiça argelina não admite a apelação.
O julgamento ocorreu a portas fechadas a pedido da promotoria. Os jornalistas não foram autorizados a entrar no tribunal e também não tiveram acesso ao conteúdo discutido na corte.
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