
O terceiro leilão de bens apreendidos pela operação Lava-Jato ocorrerá nesta quinta-feira, em Curitiba, com a oferta de seis veículos de luxo.
O dinheiro arrecadado será devolvido, em maior parte, à Petrobras, de onde foram desviados bilhões a partir de um esquema de cartel que direcionava contratos da estatal para um grupo de empreiteiras que, em contrapartida, distribuía propina a agentes públicos, políticos e partidos, sobretudo PT, PMDB e PP.
O leilão está previsto para acontecer em duas etapas: a primeira nesta quinta-feira, às 14h, e a segunda no dia 12 de novembro. Dentre os automóveis, estão três BMW e três Mercedes Benz.
Museu de Curitiba expõe obras de arte apreendidas na Lava-Jato
Um dos carros que irá a leião foi utilizado pelo operador financeiro Alberto Youssef na véspera da deflaração da Lava-Jato, em março de 2014.
O veículo é uma Mercedes Benz CLS 500, ano de fabricação 2006/2007. Youssef o guiou do seu apartamento em Moema, em São Paulo, até o aeroporto de Congonhas. Ele já estava sendo vigiado pela Polícia Federal, que se preparava para cumprir mandados de prisão na manhã seguinte.
O doleiro tomou um voo para São Luís, no Maranhão, onde antes do amanhecer teria entregue uma mala com mais de R$ 500 mil a um destinatário que, conforme a Polícia Federal, era ligado à ex-governadora Roseana Sarney (PMDB). Preso pela manhã, Youssef posteriormente entregou às autoridades o Mercedes Benz, que, na ocasião, havia permanecido estacionada no aeroporto de Congonhas.
O automóvel também ganhou fama nos bastidores da Lava-Jato - que conta com uma força-tarefa da Polícia Federal e do Ministério Público Federal - por ter sido usado por uma amante de Youssef que, tempos antes, havia posado para a revista Playboy.
Além de carros, também foram apreendidas pela operação Lava-Jato obras de arte. A maioria delas foi encaminhada ao Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.