Dois soldados guineanos da ONU e um civil morreram, neste sábado, em um ataque com foguetes contra um campo da Missão da ONU no Mali (Minusma), na cidade de Kidal, noroeste do país.
A ofensiva também deixou 20 feridos, dos quais três se encontram em estado grave, afirmou uma fonte da ONU.
O grupo radical Ansar Dine assumiu a autoria do ataque.
"Reivindicamos, em nome de todos os mujahedine, o ataque contra o campo de Kidal", que é "uma resposta à violação das nossas terras pelos inimigos do Islã", declarou Hamadu Ag Khallini, uma das lideranças do Ansar Dine, em breve conversa por telefone com a AFP.
O grupo é dirigido pelo ex-chefe rebelde tuaregue malinês Iyad Ag Ghaly.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o ataque e advertiu que pode constituir um crime de guerra.
Em declaração unânime, os 15 países integrantes do organismo pediram ao governo do Mali que "investigue rapidamente e leve à justiça os responsáveis" pelo ataque, que "deverão prestar contas".
O Conselho recorda que "os ataques contra capacetes azuis podem constituir crimes de guerra, de acordo com as leis internacionais".
A declaração manifesta ainda o "pleno apoio à Minusma (missão da ONU no Mali) e às forças francesas que a apoiam".
A nota da ONU precisa que o civil morto era de Burkina Faso.
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