O açougueiro Mário da Silva, 31 anos, como de costume, acordou cedo, neste domingo, para iniciar sua jornada de trabalho no Supermercado Postal, na Rua Carijós, Bairro Espírito Santo, Zona Sul da Capital.
Estava animado e, pelo telefone, combinou ir à noite a um "fandango", com um conterrâneo de Putinga (município do Norte do Estado) que, como ele, residente na Capital.
Por volta das 8h30min, meia hora após o estabelecimento comercial ter sido aberto, porém, o domingo ensolarado virou trágico. Um homem entrou armado no supermercado, foi até o açougue e disparou três vezes contra Mário.
O açougueiro morreu no local. Uma das balas perfurou seu corpo e atingiu a câmara fria.
Mário da Silva
Foto: Divulgação
No momento do crime, além dos funcionários, havia cerca de sete clientes no estabelecimento. O autor dos disparos estava com boné e óculos espelhado, possivelmente para dificultar sua identificação.
Após cometer o crime, ele deixou o local caminhando. Mesmo com a autoria desconhecida, a primeira suspeita levantada por amigos da vítima é a de crime passional.
- Há uns meses, um homem casado entrou no supermercado e ficou encarando o Mário de forma ameaçadora. Mas o Mário não falava sobre isso - contou um jovem.
A polícia, porém, mantém a cautela quanto à motivação do crime. Policiais da 4ª DHPP, que investigam o caso, informaram que "ainda não há nada palpável". De acordo com eles, pelo o que já foi apurado, a vítima não tinha antecedentes criminais e aparentemente não tinha inimigos. Testemunhas começaram a ser ouvidas ainda neste domingo.
Afora esse incidente, Mário era uma pessoa benquista pela vizinhança (ele morava nos fundos do supermercado), colegas e clientela.
- Ele era fora de série. Atendia todo mundo muito bem, brincava com todo mundo. Não tem quem falasse mal dele - descreveu uma vizinha.
