Os primeiros ministros de Sérvia, Romênia e Bulgária garantiram neste sábado estar dispostos a fechar suas fronteiras aos imigrantes caso outros países, como a Alemanha, fechem as suas, já que não querem se tornar uma "zona tampão".
"Nossos três países estão dispostos, caso a Alemanha, a Áustria e outros países fechem suas fronteiras, a fechar as nossas no mesmo momento, declarou o chefe do governo búlgaro, Boiko Borisov, após uma reunião de três partes em Sófia.
"Não deixaremos que nossas nações tornem-se uma zona tampão para as ondas de imigrantes que ficam presos na Turquia e nas barreiras levantadas além da Sérvia", afirmou.
Os três líderes reuniram-se para acordar uma postura comum antes da mini-cúpula deste domingo em Bruxelas, convocada pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Também estimaram que a construção de cercas nas fronteiras "não é uma boa decisão", apontou o primeiro-ministro romeno Victor Ponta, que prefere "uma ação comum em toda a Europa".
"Precisamos de uma solução global, que não pode ser obtida às custas dos nossos países", disse Aleksandar Vucic, chefe do executivo sérvio.
O país não é membro da União Europeia (UE), mas foi convidado para a reunião de domingo junto a Macedônia e outros oito membros por fazer parte da "rota dos Bálcãs": desde o início do ano, 300.000 migrantes cruzaram o território da Macedônia e da Grécia rumo a Alemanha ou Suécia.
Em 2014, a Bulgária ergueu uma cerca de 30 km em uma parte da fronteira com a Turquia.
No entanto, até o momento, nem a Romênia nem a Bulgária têm sido duramente atingidos pelas rotas de imigração.
* AFP