Presos rebelados na unidade II da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II), na região norte do Paraná, mantêm pelo menos 10 reféns e ameaçam matá-los caso seus pedidos não sejam atendidos. O motim começou por volta das 11h desta terça-feira.
Os detentos tomaram uma parte do complexo, atearam fogo a colchões e subiram no telhado da prisão. Armados de faca e pedaços de madeira, eles amarraram as mãos e os pés de reféns, que seriam todos detentos da ala onde ficam detidos os presos por crimes sexuais. Eles foram agredidos e pelo menos um foi jogado do telhado. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
Outros presos foram levados ao hospital após se jogaram de um muro. Segundo o G1, eles tentaram escapar do presídio, pois estavam com medo de serem feitos reféns ou mortos pelos amotinados.
Segundo a Gazeta do Povo, os detentos pedem melhorias nas condições do presídio e providências quanto à superlotação. Não há informação de agentes feridos.
Foi estendida uma faixa sobre o telhado, com a inscrição de uma facção criminosa. Pedaços de ferro e madeira também foram utilizados para ameaçar os reféns e quebrar as telhas da PEL II.
Por volta das 17h, o comando da PM, a Vara de Execuções Penais em Londrina e o Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen) ainda negociavam com os presos para encerrar a rebelião. O helicóptero do Grupo Grupamento Aeropolicial e Resgate Aéreo (Graer) está sobrevoando a unidade para acompanhar a situação.
Parentes estão no local e aguardam o andamento das negociações, enquanto os rebelados usam celulares para se comunicar do telhado da penitenciária. Detentos também quebraram todos os vidros de uma das guaritas de vigilância. Além disso, teriam incendiado colchões. Do lado de fora, uma fumaça preta pode ser vista saindo do prédio.
A Penitenciária Estadual era o único presídio do Paraná que ainda não havia registrado rebelião neste ano. Na unidade estão 1.150 detentos - a capacidade do local é de 1.090 pessoas.
* ZH com agências e jornais