Apesar das manifestações de solidariedade aos atingidos pelo granizo em Santiago, na Região Central, houve comerciantes que se aproveitaram da situação de vulnerabilidade.
Conforme a prefeitura, uma loja cobrou R$ 8 pelo metro da lona. Outra, vendeu o metro do material por R$ 30 - 10 vezes maior que o preço médio antes do temporal, que variava de R$ 2 até R$ 3. A prefeitura também identificou um morador que estocou telhas e foi para a frente de uma loja vender com o objetivo de lucrar.
Apesar disso, houve também bons exemplos: uma loja baixou o preço da lona de R$ 1,89 para R$ 1,50 para auxiliar os que sofreram por causa dos danos do granizo.
A prefeitura fez o levantamento dos preços porque precisou comprar lonas e telhas para distribuir às famílias atingidas pela chuva. Já foram distribuídos 107 mil metros à população. Pelo menos 8 mil imóveis foram danificados de alguma forma. O número pode chegar a 9 mil. Um novo levantamento de estragos será divulgado na tarde desta sexta-feira (23).
A prefeitura orienta aos consumidores que peçam nota fiscal e denunciem casos de abuso na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e junto ao Ministério Público Estadual (MPE). Conforme a diretora executiva do Procon no Estado, Flávia do Canto Pereira, “o aumento sem justa causa do preço de um produto pode ser considerado prática abusiva”. “O Procon conta com a ajuda da população para identificar os casos”, diz.
É possível denunciar por meio do e-mail proconestadualrs@gmail.com. Também, diretamente no Procon da cidade em que o consumidor reside.