O gerente e três monitores da comunidade terapêutica Ferrabraz foram presos em São Francisco de Paula. Eles são investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MP) por denúncias de tortura, agressão e cárcere privado contra os pacientes. A prisão ocorreu na tarde desta segunda, quando os funcionários estavam na comunidade, no Centro da cidade. Eles foram encaminhados ao presídio da cidade.
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Em depoimento, o gerente negou as acusações e os monitores mantiveram-se em silêncio. Pelo menos vinte pacientes relataram à polícia agressões físicas, choques elétricos e uso de algemas para conter os internos na cama.
- A casa tinha um regimento. Quando essas regras eram transgredidas, os pacientes contaram sofrer essas agressões - afirma a delegada Fernanda Seibel Aranha.
Segundo ela, nesta terça deve se apresentar na delegacia um quinto funcionário, um monitor, que também teve o pedido de prisão decretado, mas que não estava na cidade quando os colegas foram detidos.
Com a prisão, a polícia tem 10 dias para concluir o inquérito. Lanternas de choque, spray de pimenta e algemas já haviam sido apreendidos nas dependências da clínica.
A comunidade terapêutica foi interditada pela Justiça na quinta-feira. Na ocasião, cerca de 15 funcionários estavam na casa, mas cinco (o gerente e quatro monitores) foram apontados pelas vítimas como autores das agressões. Após a interdição, os cerca de 100 internos receberam encaminhamento da Secretaria Municipal da Saúde.
Investigação
Gerente e monitores de comunidade terapêutica em São Francisco de Paula são presos
A pedido do Ministério Público, casa foi interditada pela Justiça
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