A presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta terça-feira que a oposição - derrotada nas urnas há um ano - quer chegar ao poder no Brasil "dando um golpe" através de um impeachment construído artificialmente.
- Há uma busca incessante da oposição de cortar o caminho para o poder, de dar um salto e chegar ao governo com um golpe - declarou Dilma em um discurso durante o congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo.
- Trata-se de construir de forma artificial um impedimento de um governo eleito pelo voto direto de 54 milhões de pessoas - destacou.
A presidente também afirmou que o "discurso golpista" não é apenas contra ela, mas contra tudo que representa.
- E o que eu represento? As conquistas históricas do governo Lula que transformaram o Brasil. O golpe que os inconformados querem cometer é um golpe contra o povo, mas podem ter certeza de que não conseguirão - salientou.
- Sou presidenta porque fui eleita pelo povo, em eleições lícitas. Tenho a legitimidade das urnas, que me protege, e a qual tenho o dever de proteger. Lutarei para defender o mandato que me foi concedido pelo voto popular, pela democracia e por nosso projeto de desenvolvimento - completou.
A presidente ainda se manifestou pelas redes sociais:
Posted by Dilma Rousseff on Tuesday, October 13, 2015
Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias. Pergunto, com toda a fraqueza: quem tem força moral, reputa...
Essa não foi a primeira vez que Dilma denunciou tentativa de golpe contra o seu mandato. Na semana passada, a situação de Dilma se agravou com as decisões do Tribunal de Contas da União (TCU), que rejeitou as contas de 2014 do governo, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que abriu uma investigação sobre supostas irregularidades durante a campanha para a reeleição da presidente.
Além disse, Dilma enfrenta uma séria crise econômica, que tem se traduzido pela alta da inflação e do desemprego no país. Na terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que deve decidir sobre o andamento dos pedidos de impeachment, adiou sua decisão para a próxima semana.
*AFP