A Comissão Interestadual da Uva estima em 50 milhões de quilos a perda na lavoura de uva em Flores da Cunha. Essa quantidade é mais da metade da safra do município, o maior produtor do país. Conforme o presidente da Comissão, Olir Schiavenin, além da geada e do granizo, os agricultores têm dificuldades com a umidade excessiva, que os impede de pulverizarem os parreirais, deixando assim as uvas mais vulneráveis aos fungos.
Segundo o secretário de agricultura de Flores da Cunha, Jones Pirolli, ainda é cedo para lançar uma estimativa exata de perdas porque o levantamento da Emater está em andamento. As seguradoras também não concluíram ainda os seus levantamentos.
O Rio Grande do Sul produz pouco mais de 700 milhões de quilos de uva e Schiavenin estima que, assim como em Flores da Cunha, a situação geral no estado seja de perdas da ordem de 50% ao menos, ou seja, 350 milhões de quilos. Isso, contudo, não vai afetar muito o preço de vinhos, sucos e espumantes, segundo o presidente, porque na composição do preço das bebidas a uva corresponde a uma parcela entre 10% e 15%.
São Marcos também vai decretar situação de emergência
O município de São Marcos vai decretar situação de emergência em função do granizo da última quarta-feira (21), que atingiu principalmente o distrito de Pedras Brancas, onde 94 casas foram destelhadas. Outras sete foram atingidas na sede do município.
Além disso, conforme o coordenador da Defesa Civil, Nelson Nascimento, ao menos oito aviários foram atingidos e os estragos nas plantações ainda estão sendo levantados pela Secretaria de Agricultura e pela Emater. O município busca concluir a contabilização em 10 dias para poder embasar o decreto e permitir que as pessoas atingidas resgatem recursos do FGTS.