Será decidido nos próximos dias o futuro do soldado Luis Paulo Mota Brentano dentro da Polícia Militar. Ele é responsável pela morte do surfista Ricardo dos Santos, o Ricardinho, baleado com dois tiros em 19 de janeiro, na Guarda do Embaú, Grande Florianópolis.
O processo criminal que tem o soldado Mota como réu na Justiça em Palhoça ainda não tem data para ser levado a julgamento, mas o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que pode resultar numa punição administrativa ou mesmo na exoneração do policial está quase concluído.
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Segundo o comandante da 5ª Região da PM em Joinville, coronel Benevenuto Chaves Neto, toda a apuração já está pronta e à disposição do comando da 5ª Região. Caberá ao próprio coronel avaliar as provas e decidir uma eventual punição ao PM, que permanece detido em uma sala do 8º Batalhão da PM em Joinville.
Conforme Chaves, a decisão será tomada nos próximos dias e divulgada pelo Centro de Comunicação Social da Polícia Militar em Florianópolis. Se não concordar com a conclusão do PAD, o soldado Mota terá o direito de recorrer da decisão junto ao comando da 5ª Região. Caso a apelação não seja reconhecida, haverá a possibilidade de um novo recurso, desta vez junto ao comando-geral da PM na Capital.
O PAD elaborado pela Polícia Militar considera o histórico do soldado na corporação, incluindo outras acusações contra a conduta dele, e não se resume ao episódio que terminou com a morte do surfista. Na esfera criminal, a Justiça de Palhoça ainda aguarda a tomada de depoimentos de testemunhas para decidir se o caso será levado a júri popular.
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