A defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu entrou com um pedido de habeas corpus preventivo para que ele não seja preso na Operação Lava-Jato. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre, que assegurou que o pedido foi feito por procuradores de Dirceu. O petista é suspeito de ter recebido propinas em forma de consultorias de sua empresa, a JD Assessoria, e de lavagem de dinheiro.
De acordo com o TRF4, o pedido de habeas corpus, parte de um processo que corre em sigilo, vai ser julgado por Nivaldo Brunoni, convocado para atuar nas férias do desembargador federal responsável pelos recursos da Lava-Jato, João Pedro Gebran Neto. Não há um prazo previsto para que a decisão seja divulgada.
Segundo o jornal O Globo, os assessores do ex-ministro alegaram que o petista está na "iminência de sofrer constrangimento ilegal". Afirmaram, ainda, que Dirceu foi surpreendido por saber, por meio da imprensa, que seu nome "havia sido enredado na assim denominada Operação Lava-Jato". Alegam que o ex-ministro colaborou com informações nas investigações e que sempre esteve à disposição para prestar depoimento.
O nome de Dirceu apareceu após a prisão do empresário Milton Pascowitch, que fechou nesta semana um acordo de delação premiada com a Justiça Federal. Preso desde 21 de maio, ele se tornou o 19º investigado pela Lava-Jato a concordar em contar o que sabe sobre esquemas de corrupção na Petrobras que envolviam pagamento de propina a políticos e fraudes a licitações.
Entenda as fases da Operação: