A jovem de 23 anos, que não teve o nome revelado pela Polícia Civil e que teria se envolvido em um acidente de trânsito na madrugada do último domingo, na Avenida Diácono João Luiz Pozzobon, voltou atrás em seu depoimento. Na manhã de domingo, ela foi até a Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) para registrar uma ocorrência de fuga do local do acidente. Depois, ainda em depoimento na delegacia, ela disse que estava dirigindo o Gol envolvido em um acidente com duas motocicletas. Na colisão, Dionatan Maria Vargas, 22 anos, que pilotava uma das motos, morreu.
Porém, na segunda-feira, quando foi até a Delegacia de Trânsito de Santa Maria para outro depoimento, ela teria desmentido o que falou um dia antes. Segundo o delegado César Renan Rodrigues dos Santos, ela admitiu que quem dirigia o veículo era um homem de 31 anos, que seria seu namorado. A jovem estaria no banco do carona na hora do acidente.
Ainda conforme o delegado, outras três testemunhas do acidente confirmaram o que o homem estaria dirigindo o carro. Segundo o delegado, o motorista não é habilitado. A jovem poderá responder por ter faltado com a verdade.
O homem que estaria dirigindo o carro já foi identificado pela polícia.
O advogado da jovem, Loraci Wolle de Lima, explica que, na primeira versão, ela disse que estava dirigindo porque não queria contar ao pai que entregou a direção do carro para outra pessoa. Ao procurar o advogado, ela foi orientada a falar a verdade e, por isso, mudou a versão em seu relato mais recente.
Lima explica que as testemunhas, que estavam no interior do carro, também confirmaram que ele é quem dirigia.
- Ele é quem estava dirigindo. Ela é inocente, e o único erro dela foi dar a chave do carro para outra pessoa. Também é preciso confirmar se ela sabia que o namorado não era habilitado, mas é o processo de investigação que vai esclarecer o acidente - explica o advogado.