Três entidades de Enfermagem do Estado protocolaram nesta segunda-feira à tarde uma representação conjunta contra entidades médicas - Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (Sogirgs) e o Conselho Regional de Medicina (Cremers) -, após a publicação de uma resolução sobre a realização do parto domiciliar e realização de parto por profissionais não médicos.
Hospitais que atendem pelo SUS agonizam no Estado
Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS), o Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs) e a Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiras Obstetras - RS (Abenfo) explicam que as "entidades médicas vêm publicando uma série de propagandas e textos sugerindo que o parto seguro é somente aquele acompanhado por médicos, e que os índices de mortalidade infantil e da gestante estão relacionados aos partos realizados pelos ditos profissionais não-médicos".
Entenda a polêmica sobre a realização do parto em casa ou no hospital
As entidades de Enfermagem pedem intervenção do Ministério Público Federal para afastar qualquer ameaça aos direitos da categoria, e reafirmam que são amparados pela legislação, "como o artigo 11 da Lei nº 7.498/86, que estabelece, entre as atribuições legais dos enfermeiros como integrante da equipe de Saúde a assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera, o acompanhamento da evolução e do trabalho de parto, a execução do parto sem distócia".
No RS
Enfermeiros fazem representação contra campanha de entidades médicas sobre parto seguro
Entidades de Enfermagem pedem intervenção do MPF para afastar qualquer ameaça à categoria, diante de propagandas e textos que sugerem que o parto seguro é somente aquele acompanhado por médicos