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A Superintendência dos Serviços Penitenciários do Estado (Susepe) garantiu, nesta sexta-feira, que investigará a conduta dos agentes da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) durante a morte de Cristiano Souza da Fonseca, conhecido como Teréu. O traficante foi asfixiado por oito detentos, em uma ação que durou pelo menos oito minutos e foi registrada por câmeras de segurança do local.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o diretor do departamento de segurança e execução da Susepe, Mário Pelz, garantiu que havia um agente na sala de monitoramento das câmeras durante a morte do traficante, mas informou que ainda é cedo para apontar se houve falha humana em não evitar o assassinato.
A Susepe instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar as condutas dos agentes e investigar se houve falha de transmissão das imagens das câmeras de segurança no momento do crime.
- Hoje, está sendo feita uma leitura melhor dos vídeos, e os detentos envolvidos estão todos separados no isolamento preventivo - relatou Pelz, em entrevista à Rádio Gaúcha.
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O diretor também afirmou que "alguns procedimentos serão revistos" na Pasc para aprimorar o monitoramento dos presos, que conta até com uma tecnologia de reconhecimento facial em alguns locais.
- Estamos investindo para que a penitenciária seja de alta segurança - disse.
Após o assassinato de Teréu, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizou um levantamento no local do crime. Na manhã desta sexta-feira, cem policiais foram deslocados à Pasc, para realizar uma vistoria, ainda em andamento. Até o momento, foram apreendidos aparelhos celulares.
O processo administrativo que investiga os agentes deve ser concluído em 10 dias, segundo Pelz.
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