Um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) aponta que uma rede de coiotes já faturou US$ 60 milhões (cerca de R$ 185 milhões) oferecendo facilidades a pelo menos 38 mil haitianos que já cruzaram a fronteira do Brasil pelo Acre, sem visto. As informações são do Estado de São Paulo.
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Os coiotes chegam a cobrar de US$ 3 mil (cerca de R$ 9,2 mil) e US$ 8 mil (mais de R$ 24 mil) por pessoa. Os haitianos viajam de avião até Quito, no Equador, e de lá tomam pelo menos quatro ônibus até chegar a Rio Branco, no Acre.
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Os novos imigrantes sob a ameaça dos coiotes
Para barrar a ação dos coiotes, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai viajar para Equador, Peru e Bolívia na primeira semana de junho. O objetivo é envolver os países que funcionam como rota para o transporte dos haitianos e não estariam agindo para impedir o avanço do tráfico de pessoas.
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A embaixada brasileira em Porto Príncipe, capital do Haiti, vai fazer uma campanha explicando que os haitianos poderão obter vistos, sem precisar passar pela ação dos coiotes. O governo vai passar a liberar 2 mil vistos mensais para haitianos interessados em viver no Brasil. Hoje, são oferecidos 600 por mês.
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O governo do Acre pressiona o governo federal para que as medidas discutidas sejam colocadas em prática até o final de junho. O governador Tião Viana (PT) avisa que vai restringir o abrigo aos imigrantes, deixando de acolher os homens.
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