O advogado assassinado na manhã desta quarta-feira, no centro de São Leopoldo, era réu em processo por suposto envolvimento com jogos de azar. Marco Antônio Mariano, 57 anos, foi executado a tiros dentro de um café. De acordo com o titular da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (3ª DPRM), delegado Rosalino Seara, a polícia vai investigar a possível relação entre os casos.
- Vamos avaliar todas as hipóteses e essa, certamente, será uma delas - afirmou Seara.
Mariano era réu em processo com origem na Operação Praga, de 2007, pela qual a Polícia Federal desbaratou esquema que explorava 60 mil caça-níqueis e envolveria pagamento de propina a policiais.
Por volta das 11h, Mariano estava acompanhado de duas pessoas no estabelecimento na Avenida João Corrêa, próximo da esquina com a Rua Independência, quando um homem chegou no local e disparou duas vezes contra ele. Segundo o relato de testemunhas à polícia, o suspeito fugiu em seguida em uma moto não identificada. Buscas chegaram a ser realizadas logo após o crime, mas ninguém foi preso.
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De acordo com a proprietária do café, além do advogado e sua dupla de amigos, havia apenas uma atendente e outro cliente no local no momento do ataque. A ação não durou mais do que um minuto. Segundo o relato da balconista, tão logo o homem entrou, já sacou a arma e atirou contra Mariano.
- Nunca passamos por nada parecido. Nem roubo. A atendente disse que quando ele (o suspeito) puxou a arma pensou que fosse assalto, mas ele foi direto no advogado e atirou. Depois, fugiu sem levar nada - conta a dona do café.
Vale dos Sinos
Polícia vai investigar relação de advogado morto a tiros em São Leopoldo com jogos de azar
Marco Antônio Mariano, 57 anos, era réu em processo originado por operação da PF contra esquema de exploração de caça-níqueis e pagamento de propina a policiais. Ele foi executado dentro de um café
Carlos Ismael Moreira
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