
Quarenta e oito obras de arte apreendidas desde o início da operação Lava-Jato, em março de 2014, foram colocadas em exposição no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, no Paraná. As peças, em maioria quadros, foram selecionadas entre as 203 recolhidas até o momento. Os trabalhos eram de propriedade de empreiteiros, operadores financeiros e ex-diretores da Petrobras que se envolveram no esquema de desvios de recursos da estatal do petróleo.
Sob o título Obras sob guarda do MON, a exposição traz realizações de artistas como Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Aldemir Martins, Claudio Tozzi, Daniel Senise, Amilcar de Castro, Carlos Vergara, Cícero Dias, Heitor dos Prazeres, Miguel Rio Branco, Sergio Sister, Nelson Leirner e Vik Muniz.
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A Polícia Federal (PF) escolheu o MON como depositário dos trabalhos por ser um espaço adequado para a preservação e conservação. As obras permanecerão no museu até que a Justiça Federal do Paraná decida o que fazer. Uma das hipóteses é deixar em museus que possam democratizar o acesso à cultura, o que seria uma forma de fazer retornar à população objetos obtidos através da corrupção. Também existe a hipótese do leilão, que renderia recursos para cobrir os prejuízos causados à Petrobras. Até o momento, não há estimativa financeira sobre o valor dos 203 quadros.
A atual exposição permanece em cartaz até 12 de julho. O terceiro lote de obras apreendidas na operação Lava-Jato, remetido ao MON em março deste ano, conta com 139 trabalhos, mas elas ainda estão em etapa de quarentena, limpeza e conservação. É possível que uma nova exposição ocorra no futuro com este conjunto.
* Zero Hora