A companhia Azul divulgou em nota oficial nesta quarta-feira que não descarta o fim da operação em Caxias do Sul. A empresa esclareceu que a permanência em algumas cidades depende da implementação do Plano de Desenvolvimento da Aviação Regional (PDAR). Sobre possíveis demissões, a Azul afirma que a informação não procede e que ações como essa não fazem parte da cultura da companhia.
O Pdar foi lançado em julho de 2014 com o objetivo de elevar o número de frequências das rotas regionais operadas regularmente e aumentar o número de cidades e rotas atendidas por transporte aéreo regular de passageiros. A ideia é facilitar o acesso a regiões com potencial turístico.
Uma Medida Provisória autoriza a União a conceder subvenção econômica nos serviços oferecidos pelos aeroportos regionais, como o pagamento dos custos relativos às tarifas aeroportuárias e de navegação aérea nos terminais. A União pode também intervir no pagamento de parte dos custos de voos em rotas regionais e no pagamento dos custos correspondentes ao Adicional de Tarifa Aeroportuária.
Segundo Mônica Bergamo publicou na Folha de São Paulo, a companhia já cortou voos para 11 cidades brasileiras e estaria se preparando para interromper rotas em outras 12 cidades. A jornalista informa ainda que David Neeleman, fundador da companhia, e Antonoaldo Neves, presidente da Azul, estiveram na terça-feira com o ministro Eliseu Padilha (PMDB-RS), da Aviação Civil, para comunicar o enxugamento em curso. O encontro também teria servido para pressionar o governo para que libere R$ 1,8 bilhão do Fundo Nacional de Aviação Civil, retidos por causa do ajuste fiscal.
Em Caxias do Sul, a Azul opera dois voos diários no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani: às 14h50min (pouso) e às 15h20min (decolagem). Ambos os voos têm origem e destino em Campinas (SP). Além da Azul, Caxias é servida pela Gol, com voos às 9h20min (chegada), 10h (saída), 17h15min (chegada) e 17h50min (saída). Os voos têm origem e destino em Congonhas (SP).
Confira a nota divulgada pela companhia na íntegra:
Sobre as informações publicadas hoje nos veículos de imprensa a respeito de uma possível demissão de 700 pessoas, a Azul afirma que isso não procede. Ações como essa não fazem parte da cultura da companhia e nem de seu fundador, David Neeleman, que ao longo de sua trajetória esteve à frente de outras três aéreas e nunca realizou demissões.
Esclarece ainda que sua permanência em algumas cidades hoje servidas, depende da implementação do Plano de Desenvolvimento da Aviação Regional (PDAR). Caso não ocorra, a companhia não descarta a saída de alguns mercados.
A Azul acredita que o PDAR é fundamental para o crescimento do setor e do Brasil e espera que seja implementado o quanto antes para continuar a servir mais de 100 cidades no país e ainda poder ampliá-las.
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Em nota, Azul não descarta fim da operação em Caxias do Sul
Segundo comunicado divulgado pela companhia, a permanência em algumas cidades depende da implementação do Plano de Desenvolvimento da Aviação Regional
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