As cidades conhecidas como gêmeas do rio Iguaçu também se uniram na tragédia. Porto União (SC) e União da Vitória (PR), separadas apenas por uma linha férrea, demonstraram força para vencer o sentimento de tristeza no coração que se abateu no fim de semana com as 51 vítimas fatais da tragédia do ônibus na Serra Dona Francisca, em Joinville.
Neste domingo, era difícil encontrar moradores que não demonstrassem olhos lacrimejados e lamentações da perda de moradores das duas cidades, principalmente do bairro São Cristóvão, em União da Vitória.
Pela manhã, o sentimento também era de perguntas na cidade sobre as causas do acidente. À tarde, a população que participou do protesto contra o governo federal no centro também lamentou as mortes com o ônibus.
A comoção maior é esperada para o ginásio de esportes municipal Benedito José Maria Albino à noite, no velório coletivo de parte das vítimas, no bairro São Cristóvão. Até às 20h ainda não havia começado, pois os corpos estavam sendo trazidos num caminhão frigorífico de Joinville.
Havia espaço preparado para 20 caixões colocados em cima de carteiras de salas de aula com toalhas brancas.
Ao lado, havia oito cadeiras. Moradores ocupavam aos poucos as arquibancadas. O local contava com assistentes sociais, psicólogos, servidores da saúde e uma ambulância, numa grande estrutura de atendimento aos familiares montada pela Prefeitura.
- Numa pré-avaliação que fiz com seis familiares, todos demonstravam sentimento de impotência de não terem evitado que as pessoas viajassem - disse ao DC um assistente-social da equipe.
Os outros corpos serão velados em Porto União e capelas pelas cidades àquelas famílias que fizeram essa opção. O enterro em União da Vitória será às 10h em quatro cemitérios.
Luto
Tristeza toma conta de moradores de municípios onde moravam vítimas de acidente de ônibus em SC
Habitantes de Porto União (SC) e União da Vitória (PR) aguardam chegada de corpos de acidente na Serra Dona Francisca
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