
O possível caso de homicídio seguido de suicídio em Cordilheira Alta, cidade de pouco mais de 4 mil habitantes no Oeste de Santa Catarina, surpreendeu até mesmo o perito criminal e gerente mesorregional de perícias da fronteira, Jean Osnildo dos Santos.
O perito conta que recebeu a ligação informando de que havia um caso com seis mortos e acreditou se tratar de um trote.
- Em meus dez anos de serviço, só atendi uma única ocorrência em Cordilheira Alta, e era um suicídio. Foi a primeira vez que tivemos que deslocar pessoal para verificar o local.
A comunidade de Fernando Machado, onde ocorreu o crime, tem cerca de 200 famílias. Segundo Santos, nem mesmo a organização do Instituto Médico Legal (IML) de Chapecó, para onde os corpos foram encaminhados, estava preparada para uma ocorrência envolvendo seis vítimas. Ele explica que foi preciso mobilizar agentes de outros horários para que houvesse efetivo para lidar com a situação.
Exame balístico precisará circunstâncias do caso
Santos afirma que ainda não há como saber quantos tiros foram disparados, nem mesmo quantos atingiram as vítimas. Balas foram coletadas na casa da família, mas espera-se exame cadavérico para saber se outras ficaram alojadas nos corpos.
- Os corpos estavam muito ensanguentados, não foi possível verificar a situação no local. É preciso aguardar a conclusão de vários exames para podermos elaborar um laudo.
Além do cadavérico, serão feitos exames toxicológicos, de balística e nos celulares das vítimas. Como alguns podem demorar, ainda não há previsão para conclusão do laudo.
Por volta do meio-dia desta quinta-feira, peritos concluíram as investigações no local do crime e liberaram a residência da família para acesso de outros familiares. Parentes de Alcir Pederssetti vivem na região