A paralisação dos caminhoneiros já contabiliza inúmeros prejuízos no setor industrial, segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. A entidade ainda alerta que a situação deverá se agravar caso o assunto não seja resolvido em breve.
Devido aos relatos recebidos diariamente, a Federação traçou um panorama sobre a situação atual do setor:
:: O nível de produção do setor metalmecânico está afetado pela falta de transporte da matéria-prima.
:: Fábrica de embalagens está parada desde quinta-feira, em Farroupilha, por não receber insumos e pela falta de caminhões para transportar os produtos finais.
:: A agroindústria de alimentos já acumula fortes prejuízos por operar itens perecíveis e pela falta de embalagens.
:: Um terço da capacidade de processamento da indústria láctea, ou seja, 13 milhões de litros de leite por dia não está chegando às indústrias.
:: No segmento têxtil, que vende para outros Estados, as transportadoras não coletam os produtos por falta de espaço nos seus depósitos, já lotados.
:: As indústrias de reparação de estradas estão sem diesel, sem asfalto, sem cimento e são impedidas de transitar com máquinas e cargas de brita.
:: O segmento da indústria moageira de trigo tem unidades paralisadas por falta de matéria-prima.
:: O segmento avícola prevê 45 dias para recompor seu sistema de produção, e alerta para a suspensão de pagamentos de fornecedores, salários e tributos.
:: A indústria de produtos suínos chama a atenção para os problemas que podem ser gerados pela falta de refrigeração nos caminhões paralisados com produtos e pela não entrega de medicamentos e rações nos criadouros de animais.
Agroindústria
Os principais problemas comuns na agroindústria, segundo a FIERGS, são: a redução dos estoques de grãos (soja e milho), baixando a produção das fábricas de ração (aves e suínos); a suspensão de entrega de ração e medicamentos para os animais nas propriedades rurais, causando mortes de animais e possíveis perigos sanitários (aves e suínos); a interrupção do transporte de animais para os criadouros, como de animais para a indústria frigorífica (aves, suínos e bovinos) e de leite para os laticínios, paralisando a produção industrial; impedimento de saída dos produtos das indústrias, bem como produtos paralisados nas estradas (todos os setores), o que prejudica o atendimento ao mercado interno e às exportações.
Protesto dos caminhoneiros
Levantamento da FIERGS aponta situação das indústrias no RS devido às manifestações
A entidade ainda alerta que a situação deverá se agravar caso o assunto não seja resolvido em breve
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