Se de um lado a família do jovem catarinense que morreu neste final de semana em Playa del Carmen começa a receber informações concretas, de outro há um grande mistério a ser desvendado pela polícia mexicana: a queda fatal foi criminosa, acidental ou proposital? Os contatos que a reportagem do "AN" fez ao longo da segunda-feira indicam que nenhuma das três possibilidades pode ser descartada na investigação.
O que mais chama a atenção para a possibilidade de ter ocorrido um homicídio é o áudio gravado e transmitido por Dealberto pedindo socorro para um grupo de amigos e familiares no WhatsApp.
Na mensagem, cuja autoria é confirmada por amigos e familiares, o empresário diz que estava correndo perigo de ser sequestrado. Em um dos trechos, ele menciona uma jovem russa - em outras mensagens trocadas por amigos também via WhatsApp, há o relato de que essa mulher estaria deixando a região por causa do ciúme de um ex-namorado que mora por lá.
A hipótese de acidente é levantada em relatos publicados em sites de jornais mexicanos, que, embora divirjam em alguns detalhes, dizem que ele pode ter caído ao tentar se equilibrar durante uma festa na sacada de um prédio perto do hotel onde estava hospedado.
Embora a família descarte uma terceira possibilidade, em troca de mensagens por meio de redes sociais a que o "AN" teve acesso, amigos que estavam no México com os irmãos chegaram a afirmar que a tragédia também pode ter sido conseqüência de suicídio.
O mistério da causa da queda fatal de Dealberto pode demorar a ser explicado pela polícia mexicana, mas a maior certeza até agora é que aquela queda de dez metros num lugar que é conhecido pelas belezas naturais e pela alegria deixou uma enorme tristeza para a família, para os amigos e para boa parte de Jaraguá do Sul, onde ele era uma pessoa muito conhecida e querida.
Dúvidas
Três hipóteses podem ser consideradas na investigação da morte de catarinense no México
Morte de Dealberto Jorge da Silva Júnior ainda é um grande mistério
Leandro S. Junges
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